VIVE AS LETRAS!
Magazine da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra
N.º7, 2.ª série, julho de 2023
SUMÁRIO
N.º7, 2.ª série, julho de 2023
Editorial
Albano Figueiredo
Conversas na Biblioteca
Maria Manuel Borges
Gente das Letras
Eugénia Simões Gonçalves
Vidas de Estudante
Encontro Nacional de Estudantes de Letras
Hoje Investigo Eu
António Rochette
Mundivisões
Mahmoud Tavakoli
As Marcas das Letras
Patrícia Custódio
Photomaton
A FLUC em imagens
EDITORIAL
Albano Figueiredo
1. A FLUC estás prestes a terminar o seu ano letivo de 2022/23. Quero, pois, por este meio e nesta ocasião, agradecer a docentes, investigadores/as, estudantes e funcionários/as não docentes a dedicação e o empenho que continuaram a demonstrar em mais um ano escolar. Muito obrigado a todos/as!
2. De modo sucinto, deixo a todos/as, antes do período de férias, algumas breves mas relevantes notas.
No que concerne a docentes, o processo de contratação de 6 (seis) novos/as professores/as auxiliares está muito avançado, esperando-se que praticamente todos/as estejam ao serviço no início do ano letivo de 2023/24. Por outro lado, estão já a decorrer os novos concursos internos de promoção a categoria de professor/a associado/a, num total de 10 (dez) vagas. E em breve estaremos a lançar concursos para 4 (quatro) vagas de professor/a catedrático/a e a prosseguir no recrutamento de novos/as professores/as auxiliares.
Menção especial continua a ser devida ao trabalho que os/as investigadores/as da nossa Faculdade desenvolvem, em especial articulação com os nossos centros de investigação. Afirma-se a FLUC também por essa via na produção de conhecimento e na concretização de projetos científicos.
Espera-se, por sua vez, que nos próximos meses sejam incorporados/as mais técnicos superiores nos diferentes serviços da Faculdade e que alguns dos atuais vejam a sua mobilidade intercarreiras consolidada em definitivo.
Por fim, deve destacar-se que em 2022/23 a FLUC continuou a crescer em número de estudantes, quer em cursos conferentes de grau, quer em cursos não conferentes de grau. E o NEFLUC (Núcleo de Estudantes da FLUC) voltou a ter uma sala de trabalho no piso 4, dando-lhe maior visibilidade e aproximando-o de toda a comunidade.
3. Relativamente ao novo ano letivo de 2023/24, vinco apenas, entre muitas outras que estão já a ser preparadas, duas iniciativas, ainda que de natureza muito diferente: por um lado, a semana de acolhimento e integração dos/as novos/as estudantes, prevista para os dias 11 a 15 de setembro, com um programa articulado entre a Reitoria e as diferentes Faculdades; por outro, a reorganização da oferta formativa de 2.º e 3.º ciclos que a FLUC deverá estabelecer já a partir do início do ano letivo e que depois deverá submeter à apreciação das diversas instâncias que sobre o assunto se devem pronunciar. Este último é um desígnio cimeiro para os tempos mais próximos e cujo sucesso em muito contribuirá para que a FLUC reforce a sua posição no espaço académico, nacional e internacionalmente.
4. E porque a FLUC é sempre movimento, convido-o/a a ler o n.º 7 desta 2.ª série do Magazine Vive as Letras!, publicação trimestral que, como sempre, pretende dar a conhecer pessoas, projetos e espaços da nossa Escola.
Desejo umas excelentes férias a todos/as!
CONVERSAS NA BIBLIOTECA
Maria Manuel Borges
"A ciência exige abertura"
A tecnologia potencia o trabalho colaborativo, o que constitui um desafio novo e relevante. Eis uma das ideias-chave de Maria Manuel Borges, diretora do Serviço de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Letras e diretora do doutoramento em Ciência da Informação — o único, aliás, existente em Portugal, em “Conversas na Biblioteca”.
Professora associada com agregação, gosta de citar João Caraça, para salientar que “a ciência existe porque comunica”. E a verdade, vai dizer a certa altura, é que ela nunca se abriu e disseminou à escala planetária como atualmente, o que significa que as diferenças ou o fosso entre centros e periferias tendem a diminuir. Defensora acérrima da Ciência Aberta, considera que todo o trabalho no domínio da Ciência da Informação tem de saber “olhar para a tecnologia digital e tirar dela o que de melhor nos pode oferecer”.
GENTE DAS LETRAS
Eugénia Simões Gonçalves nasceu no distrito de Castelo Branco, mas foi em Coimbra que viveu grande parte da sua vida. Inicialmente, morou dez anos na Figueira da Foz e, em 1990, mudou-se para a cidade dos estudantes, por motivos familiares. O seu percurso profissional nas Letras começou desde então e foi “sempre numa biblioteca”.
Eugénia Gonçalves e a vontade em aprender
Durante o seu período de trabalho na FLUC, Eugénia Gonçalves já passou pelos estudos de Português, de História e por funções “perto da direção”. Atualmente, trabalha no Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, no piso 6. O contacto com os estudantes e docentes são memórias que Eugénia carrega, ao longo das mais de três décadas na Faculdade. Ainda assim, relembra que as salas de leitura “estavam cheias de manhã à noite” e que “conhecia todos os alunos”. Os funcionários eram, na sua opinião, um apoio ao conhecimento para alunos e docentes. A escuta atenta e acolhedora é uma característica que a marca nesta Faculdade.
Reforça que muito aprendeu sobre a juventude e que esse conhecimento lhe "serviu para a vida". A sua colega de trabalho Helena Mateus e o Doutor Anselmo Borges são algumas das pessoas que marcaram os seus anos na FLUC.
Nos seus tempos livres, Eugénia Gonçalves dedica parte do tempo à família mas, mesmo longe da faculdade, continua a estudar Filosofia. O convite para participar em palestras e seminários do Doutor Anselmo Borges despertou em Eugénia a curiosidade e vontade de aprender. Um dos seus principais desejos é aprofundar os estudos sobre “quem somos, que estamos aqui a fazer e para onde vamos”.
VIDAS DE ESTUDANTE
Letras no centro do debate
ENEL 2023: colocar as Letras no centro do debate
Uma estudante de Medicina apaixonada por Filosofia e uma aluna de 2.º ciclo de Estudos Europeus falam das suas experiências na FLUC e da importância das Humanidades. O Encontro Nacional de Estudantes de Letras, cuja organização integraram, faz parte desse esforço.
Aluna do 4.º ano do Mestrado Integrado em Medicina, Ema Felgueiras procurou na FLUC a oportunidade para alargar os seus conhecimentos a outras áreas. Dessa forma, a estudante, natural de Viana do Castelo, decidiu cursar Filosofia, com menor em Estudos Europeus. Apesar do desafio de frequentar dois cursos ao mesmo tempo, Ema organiza a sua rotina para conseguir cumprir todas as suas obrigações. Os seus gostos pela leitura ajudam a acompanhar o conteúdo das aulas na FLUC, que, por vezes, coincidem com as aulas na FMUC. “São leituras de que à partida gosto muito de fazer e por isso não me custa muito”, reforça.
Nos seus tempos livres, costuma dar aulas de iniciação musical às crianças. A participação em atividades dos núcleos começou ainda no Núcleo de Estudantes de Medicina (NEM/AAC), como organizadora do TedX Universidade de Coimbra, o que alimentou o seu interesse pelo trabalho em equipa e pela organização de eventos. Enquanto estudante do 2.º ano da Licenciatura em Filosofia, Ema encontrou na FLUC a possibilidade de colaborar com o núcleo de estudantes e foi convidada para integrar a coordenação geral da comissão organizadora do Encontro Nacional dos Estudantes das Letras (ENEL).
Assim como Ema, também Madalena Santos foi coordenadora geral do ENEL. Com um histórico académico que passa pelos cursos de História e Estudos Europeus, a ex-presidente do NEFLUC frequenta o 2.º ano do Mestrado em Estudos Europeus. O seu envolvimento no associativismo começou ainda no secundário e continuou no ensino superior. Para Madalena, “é mesmo muito importante para nós enquanto estudantes não termos só a vertente académica”.
Enumera vários aspetos, como a liderança, a criatividade, a resolução de conflitos e trabalho em equipa, como competências adquiridas ao longo das suas atividades no associativismo. A ideia de organizar o ENEL surgiu da necessidade de proporcionar “momentos de partilha para os estudantes se sentirem apoiados uns nos outros” e, ao mesmo tempo, “aumentar a visibilidade pública das Humanidades e das Ciências Sociais”. De acordo com Madalena Santos, a “desvalorização com que estas áreas são muitas vezes encaradas é preocupante”.
A ex-presidente do NEFLUC destaca, ainda, que, através do ENEL, “os estudantes conseguiram perceber que, apesar das incertezas, é possível encontrar oportunidades tendo como exemplo as pessoas convidadas para o evento
HOJE INVESTIGO EU
António Rochette
Perceber os espaços urbanos sustentáveis
Nas quatro décadas de docência e investigação que tenho trilhado entusiasticamente, reconheço que diferentes fases e momentos foram percorridos em função do amadurecimento que uma carreira com esta duração sempre implica. Se, numa fase inicial, e muito numa perspetiva própria que o momento exigia, a investigação associada à geomorfologia era o foco, já nas últimas duas décadas e meia, desenvolveu-se uma outra fase. A pesquisa, neste novo milénio, direcionou-se para os territórios na sua relação com a sociedade, orientação da qual as largas dezenas de projetos de extensão universitária são apenas uma das faces mais visíveis.
Simultaneamente, esta fase caracteriza-se também pela dedicação às centenas de alunos/as que tive o privilégio de auxiliar na sua formação enquanto geógrafo, muito na perspetiva com a qual me identifico – a de um “docente que investiga” – e que proporcionou a muitos deles a constatação do que a Geografia pode (e deve) assumir com a sociedade. Estas duas vertentes da investigação que hoje evoco, sempre na tão desejável aplicação interdisciplinar, refletem muito da visão holística que a Geografia deve assumir e para a qual defendo que devo preparar os/as estudantes, muito na atual lógica do “investigador que ensina”.
Uma das áreas de investigação que tenho desenvolvido é a dos espaços urbanos sustentáveis, e aqui, com a particularidade de Coimbra ser assumida como um magnífico Living Lab. Toda a investigação que se tem desenvolvido, quer a nível de publicações, quer da iniciação à investigação de alunos dos diferentes ciclos, vai no sentido da pesquisa sobre a sustentabilidade urbana nos seus diferentes cambiantes, mas, nesta fase em particular, na adaptação das cidades à nova realidade com que a atual sociedade se debate: “Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos”.
A sustentabilidade, na sua componente ambiental, apresenta como principais objetivos a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a redução dos impactes ambientais decorrentes do processo de urbanização, algo que, associado a um eventual cenário de mudanças climáticas, contribui para uma maior complexidade do subsistema climático urbano.
Neste contexto, tem-se desenvolvido nos últimos cinco anos um projeto do estudo do topo e microclima da cidade, que tem como base não só a utilização de sensores de temperatura e humidade instalados nos diferentes “mosaicos” da cidade – espaços cinzentos, verdes e azuis – mas também recolhas móveis – pedonais e por automóvel –, trabalho que tem permitido a criação de uma imensa base de dados. Simultaneamente, introduziram-se as recolhas de dados em altitude (oferecendo a possibilidade de análises de 3D), bem como a obtenção de imagens digitais - térmicas e de infravermelhos - com as quais se passaram a construir cartogramas e uma espacialização climática de elevada resolução.
Em Coimbra, a espacialização das ilhas de calor urbano, dos lagos de ar frio ou das células de ar fresco passaram a ser mais bem conhecidas nas diferentes dimensões, assim como o papel que a topografia e os espaços verdes arbóreos (e espaços azuis) assumem na regulação da temperatura e humidade nos diferentes setores da cidade. Também a tipologia arbórea e a sua própria densidade, ou mesmo a questão das sombras “frescas” ou “quentes”, têm vindo a ser investigadas, sempre numa lógica de melhores indicações para um desenho urbano sustentável.
Foi neste contexto de procura e experimentação que a participação no projeto europeu H2020 - URBiNAT - Healthy corridors as drivers of social housing neighbourhoods for the co-creation of social, environmental and marketable NBS ofereceu novos caminhos e desafios à investigação em curso. Contudo, não posso deixar de referir que, há mais de duas décadas, as políticas públicas associadas à garantia das necessidades dos cidadãos à escala municipal e intermunicipal têm sido objeto de uma investigação aplicada, daí resultando dezenas de relatórios técnicos para instituições nacionais, regionais e autárquicas, e na qual muitos discentes tiveram (e têm) a sua experiência inicial em investigação.
Esta vertente interdisciplinar, em particular no contexto da territorialização da educação, levou à participação em projetos internacionais como o projeto Erasmus+ CoReD - Collaborative Re-Design with Schools, ou o projeto Smart Territory Education - Rede TISSE, dos quais têm vindo a resultar não só dezenas de artigos, relatórios e ferramentas em diferentes línguas europeias, mas também várias teses de doutoramento e dissertações de mestrado que muito têm contribuído para o desenvolvimento da investigação. Quando efetuo uma retrospetiva da carreira de investigação, com os imponderáveis altos e baixos que sempre são expectáveis, reconheço que do meu crescimento no interdisciplinar resultou, e com o “brilhozinho nos olhos” (que também hoje vejo em muitos dos meus alunos), o desafio de ser geógrafo que desde muito novo assumi, e que hoje reafirmaria.
MUNDIVISÕES
Mahmoud Tavakoli e “as amizades interculturais” da FLUC
O percurso de Mahmoud Tavakoli passa pelos polos I e II da nossa Universidade. Na FLUC, o investigador revela como entrou no mundo das letras e da cultura portuguesa.
Comecemos pelas apresentações: Mahmoud Tavakoli é investigador na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Este ano, recebeu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação e foi aprovado, por unanimidade, nas provas de agregação em Engenharia Eletrónica e de Computadores, com o ramo de especialização em Materiais e Dispositivos.
O diretor do projeto Soft and Printed Microelectronics mora em Portugal há quase 20 anos. Foi em Madrid que o investigador teve o seu primeiro contacto com a nossa Universidade. O professor Aníbal Almeida, em conferência na capital espanhola, convidou Mahmoud para conhecer seu laboratório em Coimbra, em 2004.
Apesar de, até então, nunca ter visitado Portugal, Mahmoud já tinha ouvido falar do ex-futebolista Luís Figo, à época uma celebridade em Madrid. “As coisas aconteceram uma depois da outra”, explica o investigador que foi também convidado para fazer o doutoramento na UC. No entanto, a sua relação com a Universidade não se limita apenas ao polo II. Na FLUC, encontrou a oportunidade de aprender a língua portuguesa, a cultura do país e, assim, conseguir integrar-se na comunidade.
O Curso Anual de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros foi dos cursos de que mais gostou. Incentivar os alunos estrangeiros a frequentar o curso é uma das formas de demonstrar o gosto pelas Letras. “As amizades interculturais” são, 16 anos depois, como faz questão de referir, uma fonte de lembrança e de boas memórias, sempre que conversam.
Sobre Coimbra, Mahmoud não “tem razões para se queixar”. Para o investigador, “Coimbra é um dos melhores sítios do mundo para uma vida em família” quando fala das escolas, da comida e das infraestruturas da cidade. A cultura portuguesa tem “particularidades muito positivas” e seria o tema de um possível livro escrito pelo investigador. Mahmoud conclui que, ao longo de todos estes anos em Portugal, a experiência “tem sido maravilhosa”.
AS MARCAS DAS LETRAS
Patrícia Custódio
“Lido na empresa com as grandes questões da literatura”
O que é que uma apaixonada pela grande literatura, licenciada, de resto, em Línguas e Literaturas Modernas pela FLUC, faz como diretora de qualidade e de higiene e segurança no trabalho, na empresa de plásticos de Leiria, Faplana? Patrícia Custódio ri-se da pergunta e, enquanto ganha balanço para uma resposta assertiva, acena com a cabeça, chama Tolentino de Mendonça à conversa — “os livros são salva-vidas” — para finalmente pegar na rainha e fazer xeque-mate: “uma empresa é uma micro-sociedade, logo, a boa literatura dá-nos uma estaleca sobre os sentimentos das pessoas”.
Mais tarde falará dos sentimentos e das sensações que experimentou quando leu Crime e Castigo, de Dostoiévski, e da complexidade das angústias e de todas as questões de ordem psicológica protagonizadas pelo estudante Raskólhnikov — e como tudo isso a fascinou. Para já, no entanto, assume-se como “uma mulher de letras no mundo da ciência”, embora insista em clarificar que nada disso é especialmente estranho. Ou não deveria ser visto como tal.
“Repare: as tristezas, as preocupações, todo o tipo de sentimentos, dúvidas e ansiedades de que é feito o ser humano, e que a boa literatura trata de forma admirável, estão no meu dia-a-dia, isto é, são realidades que eu encontro e com as quais lido aqui na fábrica”, acrescenta Patrícia Custódio, sintetizando que, bem vistas as coisas, “lido no quotidiano da empresa com as grandes questões da literatura”.
Daí considerar que a vida empresarial, no fundo, percebe-se muito melhor, a partir das Humanidades e dos seus valores éticos, “porque são elas, afinal, que nos tornam humanos”. Esta ideia que vai buscar a um dos seus ensaístas preferidos, Byung-Chul Han, um alemão de origem sul-coreana que veio das engenharias para a filosofia e cuja leitura dos seus livros tem sido, segundo refere, “muito inspiradora”, está bastante presente no modo como orienta o seu trabalho na empresa e vê os múltiplos relacionamentos interpessoais em todo esse contexto organizacional.
Claro que tem consciência de que o tempo da reflexão é diferente do da ação empresarial, e que é muito diversa a dimensão mensurável e quantificável do trabalho que realiza, da intangibilidade que constitui o ato da leitura e do prazer que esses momentos representam. Por isso, é incapaz de se deitar sem despachar uma boa meia-dúzia de páginas, porque “um livro é, para mim, um refúgio, uma viagem, um sonho, uma reflexão, um equilíbrio”.
Reforçou essa paixão em Coimbra, quando, na segunda metade da década de 1990, então jovem estudante, professores como Osvaldo Silvestre — que a maravilhou pela transversalidade do mundo e das artes, em especial do cinema —, Carlos Reis — “cada aula dele era uma conferência!” — ou Maria Helena da Rocha Pereira lhe abriram novos horizontes, demonstrando-lhe que tomara a atitude certa, ao trocar a licenciatura em Química, pelas Letras. E depois, bem, depois, descobriu o TEUC, o GEFAC, o CITAC, os ciclos de cinema no Gil Vicente e toda a dinâmica cultural da academia e da cidade, que à época “constituía uma enorme décalage a esse nível, para a realidade de Leiria, de onde eu vinha”.
E no final confirmou que as Humanidades podem ser uma descoberta tão fascinante para a vida, ao ponto de serem um simples ponto de partida para outros destinos, para outras carreiras e percursos profissionais. E também para ser feliz.
PHOTOMATON
- Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
- Encontro Nacional de Estudantes de Letras (ENEL).
- Mesa redonda Até ao futuro é um salto. Empregabilidade, recrutamento e formação.
- Sessão de esclarecimento sobre Necessidades Educativas Especiais.
- Jornadas sobre Inclusão
- Jornadas de Tradução
- Seminário A Construção Europeia: Quatro Décadas de Reflexão em Coimbra na Casa da Lusofonia.
- Participação da FLUC na Semana Aberta 2023.
- Abertura da 99.ª edição do Curso de Férias de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros.
- Colóquio internacional A Teoria da Literatura no Brasil.
- Colóquio Internacional Figuras da Ficção 6.
- Congresso internacional Diversidade & Sustentabilidade – Oportunidades e Ameaças - DSOTT`23.
- VI Congresso Internacional de Riscos e Conflitos Territoriais.
- Dia da Europa com a Conferência A Guerra da Ucrânia e a Segurança Europeia.
- Curso Paleografia para Estudos do Renascimento e Idade Moderna (séculos XV-XVIII).
- Master Blended Intensive Program sobre Democracia, Ambiente e Natureza Humana: Perspectivas Filosóficas.
- Conferência De onde vem, para onde vai a História da Universidade na Europa?
- Laboratório de Escrita com a escritora Patrícia Portela.
- 25 de Abril da FLUC.
- Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.
- Espetáculo japonês do grupo de dança Takarabune, no âmbito das comemoração dos 480 anos de amizade entre Portugal e o Japão.
- Cerimónia da tomada de posse dos novos diretores e das novas diretoras dos quatro Departamentos da FLUC.
- Prémio de Mérito da Turismo Centro de Portugal a Paulo José Parente Rosa Queirós pela sua dissertação de Mestrado.
- Novas Professoras Agregadas.
- Última Lição de Margarida Sobral Neto.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Dia Aberto, a FLUC comemora 112 anos.
Encontro Nacional de Estudantes de Letras - ENEL (Fotografia ENEL).
Encontro Nacional de Estudantes de Letras - ENEL (Fotografia ENEL).
Mesa redonda Até ao grande futuro é um salto. Empregabilidade, recrutamento e formação.
Mesa redonda Até ao grande futuro é um salto. Empregabilidade, recrutamento e formação.
Sessão de esclarecimento sobre Necessidades Educativas Especiais.
Sessão de esclarecimento sobre Necessidades Educativas Especiais.
Jornadas de Inclusão
Jornadas de Inclusão
Jornadas A tradução na prática - a prática da tradução.
Jornadas A tradução na prática - a prática da tradução.
Seminário A Construção Europeia: Quatro Décadas de Reflexão em Coimbra na Casa da Lusofonia.
Seminário A Construção Europeia: Quatro Décadas de Reflexão em Coimbra na Casa da Lusofonia.
Participação da FLUC na Semana Aberta 2023.
Participação da FLUC na Semana Aberta 2023.
Abertura da 99.ª edição do Curso de Férias de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros.
Abertura da 99.ª edição do Curso de Férias de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros.
Colóquio internacional A Teoria da Literatura no Brasil.
Colóquio internacional A Teoria da Literatura no Brasil.
Congresso internacional Diversidade & Sustentabilidade – Oportunidades e Ameaças - DSOTT`23.
Congresso internacional Diversidade & Sustentabilidade – Oportunidades e Ameaças - DSOTT`23.
Colóquio Figuras da Ficção 6.
Colóquio Figuras da Ficção 6.
Colóquio Figuras da Ficção
Colóquio Figuras da Ficção
VI Congresso Internacional de Riscos e Conflitos Territoriais.
VI Congresso Internacional de Riscos e Conflitos Territoriais.
VI Congresso Internacional de Riscos e Conflitos Territoriais.
VI Congresso Internacional de Riscos e Conflitos Territoriais.
Dia da Europa com Conferência A Guerra da Ucrânia e a Segurança Europeia por Nuno Severiano Teixeira.
Dia da Europa com Conferência A Guerra da Ucrânia e a Segurança Europeia por Nuno Severiano Teixeira.
Curso Paleografia para Estudos do Renascimento e Idade Moderna (séculos XV-XVIII).
Curso Paleografia para Estudos do Renascimento e Idade Moderna (séculos XV-XVIII).
Master Blended Intensive Program sobre Democracia, Ambiente e Natureza Humana: Perspectivas Filosóficas.
Master Blended Intensive Program sobre Democracia, Ambiente e Natureza Humana: Perspectivas Filosóficas.
Conferência De onde vem, para onde vai a História da Universidade na Europa?
Conferência De onde vem, para onde vai a História da Universidade na Europa?
Laboratório de Escrita com a escritora Patrícia Portela.
Laboratório de Escrita com a escritora Patrícia Portela.
25 de Abril na FLUC!
25 de Abril na FLUC!
Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.
Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.
Espetáculo japonês do grupo de dança Takarabune, no âmbito das comemoração dos 480 anos de amizade entre Portugal e o Japão.
Espetáculo japonês do grupo de dança Takarabune, no âmbito das comemoração dos 480 anos de amizade entre Portugal e o Japão.
Nova diretora do Departamento de Geografia e Turismo: Doutora Adélia Nunes
Nova diretora do Departamento de Geografia e Turismo: Doutora Adélia Nunes
Novo diretor do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação: Doutor Diogo Falcão Ferrer.
Novo diretor do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação: Doutor Diogo Falcão Ferrer.
Nova diretora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas: Doutora Paula Barata Dias.
Nova diretora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas: Doutora Paula Barata Dias.
Novo diretor do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes.
Novo diretor do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes.
Prémio de Mérito da Turismo Centro de Portugal a Paulo José Parente Rosa Queirós pela sua dissertação de Mestrado.
Prémio de Mérito da Turismo Centro de Portugal a Paulo José Parente Rosa Queirós pela sua dissertação de Mestrado.
Nova Professora Agregada: Doutora Beatriz Moscoso Marques.
Nova Professora Agregada: Doutora Beatriz Moscoso Marques.
Nova Professora Agregada: Doutora Maria Manuel Borges.
Nova Professora Agregada: Doutora Maria Manuel Borges.
Nova Professora Agregada: Doutora Ana Teresa Peixinho.
Nova Professora Agregada: Doutora Ana Teresa Peixinho.
Nova Professora Agregada: Doutora Catarina Martins.
Nova Professora Agregada: Doutora Catarina Martins.
Doutora Margarida Sobral Neto.
Doutora Margarida Sobral Neto.
Última Lição de Margarida Sobral Neto.
Última Lição de Margarida Sobral Neto.