VIVE AS LETRAS!

Magazine da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra

N.º 11, 2.ª série, julho de 2024

SUMÁRIO

N.º 11, 2.ª série, julho de 2024

Editorial
Albano Figueiredo

Conversas na Biblioteca
Joana Antunes

Gente das Letras
Isabel Vieira

Vidas de Estudante
Sofia Moreira, António Coito e Bruno Carreira

Hoje Investigo Eu
Lúcio Cunha

Mundivisões
Ricardo Namora

As Marcas das Letras
Sofia Jamal

Photomaton
A FLUC em imagens

EDITORIAL

Albano Figueiredo

1. Está a terminar mais um ano letivo. Quero, pois, neste momento, agradecer uma vez mais a docentes, investigadores/as, estudantes e funcionários/as não docentes a dedicação e o empenho que continuaram a demonstrar em mais um ano escolar. Muito obrigado a toda a comunidade FLUC!

2. Como costumo fazer antes do período de férias, deixo a todos/as, de modo sucinto, algumas breves mas relevantes notas.
No que diz respeito a docentes, o processo de contratação de 6 (seis) novos/as professores/as auxiliares (de carreira) está em tramitação, esperando-se que possam estar ao serviço no início do 2.º semestre do ano letivo de 2024/25. Por outro lado, decorrem os procedimentos para o lançamento de concursos para 4 (quatro) vagas de professor/a catedrático/a e preparemos a última fase dos concursos internos de promoção a categoria de professor/a associado/a, a lançar em breve. Esperamos ainda que sejam publicitados os resultados do concurso FCT Tenure, a que candidatámos três vagas para investigadores/as de carreira.
Espera-se também que nos próximos meses sejam incorporados/as mais técnicos/as superiores nos diferentes serviços da Faculdade e que alguns/mas dos/as atuais funcionários/as vejam a sua mobilidade intercarreiras renovada ou consolidada.
Por fim, deve destacar-se que em 2023/24 a FLUC continuou a crescer em número de estudantes, quer em cursos conferentes de grau, quer em cursos não conferentes de grau, num ano em que, em particular, a entrada de novos/as estudantes de 1.º ciclo conheceu números muito bons. Ao NEFLUC (Núcleo de Estudantes) é devida uma palavra de agradecimento por todo o trabalho desenvolvido e que muito engrandeceu a nossa Faculdade.

3. Relativamente ao novo ano letivo de 2024/25, antecipo apenas, entre muitas outras que estão já a ser preparadas, três iniciativas: por um lado, a semana de acolhimento e integração dos/as novos/as estudantes de licenciatura, prevista para os dias 9 a 13 de setembro, com um programa articulado com a Reitoria, que muito em breve será divulgado; por outro, o Dia Europeu das Línguas, em 26 de setembro, e que já se tornou um dia anual de viva celebração muito especial na FLUC; por fim, a reorganização da oferta formativa de 2.º e 3.º ciclos, que começará já no final de 2024, com a submissão de várias propostas de alteração e renovação.

4. E porque a FLUC é sempre movimento, convido-o/a a ler o n.º 11 desta 2.ª série do Magazine Vive as Letras!, publicação trimestral que, como sempre, pretende dar a conhecer pessoas, projetos e espaços da nossa Escola.
Desejo a toda a comunidade FLUC umas excelentes férias!

CONVERSAS NA BIBLIOTECA

Joana Antunes

"Joana Antunes e a busca pelas invisibilidades da História"


Interessa-lhe pesquisar as invisibilidades e estudar o que está para lá dos limites das margens do património histórico.

No fundo, busca a perplexidade que reside na descoberta do que é desconhecido, melhor dizendo, do que está na parte invisível do iceberg da história.

Professora de História da Arte da FLUC, Joana Antunes fala-nos do “nosso olhar datado” e da mediação que a tecnologia, em cada momento, desempenha nos processos de acesso ao conhecimento e nos modos de o poder comunicar, em mais uma “Conversas na Biblioteca”.

GENTE DAS LETRAS

Isabel Maria Amaro Vieira

Nasceu nas Chãs, em Semide, Miranda do Corvo e hoje vive ali perto, na Pedreira. Acorda bem cedo para vir trabalhar, às 7h30 já está na Faculdade de Letras: Isabel Maria Amaro Vieira é funcionária da FLUC e cuida da Limpeza e Manutenção do nosso espaço. É conhecida pelo seu carrinho, onde organiza os produtos e utensílios que vai usando, e pelo sonoro “Bom dia!” que distribui em todas as salas e corredores, com uma energia contagiante.

A história de Isabel com a Universidade de Coimbra começou quando ela andava na Escola Primária: “Tenho uma fotografia desta visita, estou na porta da Faculdade de Letras com os meus colegas, foi a primeira vez que estive aqui”, lembra. Isabel voltou, mas como funcionária da então recém-inaugurada Cantina Amarela, em maio de 1984. Aí ficou por cinco anos e depois passou os vinte anos seguintes nas Cantinas Azuis, onde, recorda, “servíamos bons pequenos-almoços, todos os estudantes iam lá logo cedo”.

À FLUC chegou há onze anos e, neste mês de julho, já começa a tratar da reforma: “No ano que vem, por esta época, já não estarei por aqui. Vou sentir saudades, mas entendo que é chegado o momento, não posso como podia e não quero estar a fazer mal feito e a prejudicar a Faculdade. É um ciclo e eu também preciso de descansar... embora eu não vá descansar, mas é diferente!”, admite.

Quando sai da Faculdade, às 15h30, cuida dos animais que possui e trata do cultivo dos terrenos onde fez as suas hortas: “Eu tenho o bichinho da terra e gosto muito deste meu outro trabalho, a partir do meio da tarde mudo completamente de «ramo», é o meu Xanax! O domingo é para o meu descanso, assim que me levanto vou à Missa, faz-me bem”, confessa.

Isabel muda o tom e enche a voz de doçura quando fala da sua família: “Em casa sou eu e o meu marido, temos uma filha, Alexandra, e uma sobrinha-filha, Carolina, que eu criei - então tenho duas filhas e mais um casalinho de netos, o Pedro tem seis anos e a Raquel vai fazer 10 em outubro”. Termina, feliz, a dizer que “é a eles que vou dedicar os meus próximos anos!”.



Item 1 of 2

VIDAS DE ESTUDANTE

No mundo da escrita académica

 

António, Bruno e Sofia, estudantes de Português, Geografia e Línguas Modernas, decidiram no semestre que agora termina aprofundar conhecimentos sobre texto e escrita. Conscientes de que a principal ferramenta de estudantes de Letras é a linguagem, e cientes da sua responsabilidade no cuidado com a língua portuguesa, decidiram conhecer melhor o que o novo Centro de Escrita Académica (CEA) tinha para lhes oferecer. E aceitaram contar-nos as suas experiências.

Em fevereiro, foi inaugurado o primeiro curso do CEA, criado na FLUC e coordenado pela Professora Joana Vieira Santos. Com o intuito de “desenvolver práticas de escrita colaborativa” e de “promover a literacia académica”, este programa de formação oferece a estudantes de licenciatura da Faculdade aulas abertas e workshops, sobre diversos aspetos da escrita académica: das áreas críticas do Português, à leitura e interpretação, da construção de textos, à leitura de imagens e de mapas.

Cerca de 70 alunos e alunas de licenciatura optaram por frequentar o curso no semestre que agora termina e o Magazine Vive as Letras! foi ouvir os estudantes António Coito, Bruno Filipe Carreira e Sofia Moreira.

A PAIXÃO PELA PALAVRA

Para António Coito, que sempre gostou do mundo das palavras e para quem a escrita é “uma forma individual de nos apresentarmos ao mundo, de mostrarmos quem somos e como pensamos”, não houve hesitações. Consciente de que “a escrita no ensino superior exige um certo nível de rigor e estruturação” e reconhecendo algumas lacunas neste domínio, o estudante de Português, que sonha vir a ser professor, logo que teve conhecimento da existência do CEA, inscreveu-se no curso. Também Sofia Moreira partilha “a paixão pela leitura e pela escrita”, nas suas dimensões de comunicação e de expressão artística, e confessa que, mal teve conhecimento da existência desta oportunidade, se inscreveu no curso. Já Bruno Carreira, que tem especial gosto “pelas dinâmicas espaciotemporais” da linguagem e do texto, confessa que foram as dificuldades que sentia no ato de escrever que o trouxeram ao CEA.

ESCRITA: PARTILHA E PRÁTICA

A experiência destes três estudantes foi bastante positiva. Salientam, desde logo, a importância de o corpo docente ser multidisciplinar, integrando professores e professoras de diferentes áreas de estudo da FLUC. António Coito considera ter sido muito estimulante “ter vários docentes a ministrar as sessões, tornando-as mais dinâmicas e profícuas uma vez que podíamos contactar com vários pontos de vista, sobre os mais diversos temas”. A dimensão prática das sessões e a oportunidade de terem um acompanhamento de proximidade foram também aspetos muito valorizados. Para Bruno Carreira, o mais interessante deste curso foi “o facto de os workshops serem bastante dinâmicos, acabando por cativar os estudantes, quer na realização das atividades durante as aulas, quer fora das aulas”.  

António Coito

"Sempre gostei de escrever, ainda que tenha sentido uma enorme dificuldade em redigir respostas nas primeiras avaliações. Na prática, a escrita no ensino superior exige um certo nível de rigor e estruturação, que muitas vezes não é suficientemente desenvolvido no ensino secundário (...). A mensagem que fica desta experiência é, de facto, a entrega que o ato da escrita exige."

Sofia Moreira

"Escrita académica sempre foi uma área que me interessou muito. Cresci ouvindo meus pais falarem sobre seus respetivos mestrados e doutorados, pelo que fiquei muito animada ao ter a possibilidade de praticar a escrita académica (...). Gostei da oportunidade de enviarmos um texto como parte do último exercício da lista, uma vez que não só serve para aumentar o portfólio para possíveis futuros empregadores, mas também permite que tenhamos nossos erros corrigidos mais rigorosamente."

Bruno Carreira

"O “saber escrever” é algo fundamental que, infelizmente, se tem perdido ao longo do tempo. Nesse sentido, e sentindo-me um pouco vítima desse fenómeno, resolvi inscrever-me [no CEA] para colmatar algumas das minhas maiores dificuldades (...). Aprendi novas técnicas de escrita que me ajudaram a construir argumentos mais claros e coesos, além de melhorar a estrutura dos meus trabalhos, desde a introdução até a conclusão."

HOJE INVESTIGO EU

Lúcio Cunha

Numa Faculdade de Letras poderá parecer estranho ou, pelo menos, um pouco fora do lugar, o trabalho de investigação e ensino em Geografia Física e, particularmente, o trabalho em Geomorfologia. De facto, quer pelo objeto, quer pelos métodos de que se serve, este tipo de trabalho científico pareceria estar mais bem colocado no grande grupo das Ciências Naturais e, portanto, talvez devesse ser incluído numa Faculdade de Ciências.

Quando, como estudante, há mais de 50 anos, “aterrei” na Faculdade de Letras, confesso que me senti um tanto perdido em relação aos que eram, então, os meus interesses na área da Geografia, e que me senti muito mais seguro, à vontade e confortável nas disciplinas que eram lecionadas na Faculdade de Ciências e Tecnologia e que tinham por objetivo dotar os estudantes de Geografia das bases necessárias para a compreensão do funcionamento da Natureza.

Ensino e investigo na área da Geomorfologia, uma disciplina relacionada com os estudos da Natureza, mas que acaba por se integrar também, por via da sua inserção na Geografia, nas Ciências Sociais. Valeram-me os excelentes Mestres que tive nesta arte de estudar a Natureza nas suas relações com a Sociedade. Três foram meus professores e orientadores: Fernandes Martins, Fernando Rebelo e Ferreira Soares, exímios na arte de ensinar os complexos segredos da Natureza, mas também muito hábeis a demonstrar e a utilizar o seu valor social e cultural. Através deles me cheguei à Geomorfologia, primeiro à Geomorfologia Fluvial e depois à Geomorfologia Cársica, com o doutoramento sobre o Maciço de Sicó, em que estudei, para além dos elementos estruturais que determinam a compartimentação do relevo à escala regional, o modo particular como o trabalho fluvial se desenvolve no carso, a especificidade das dolinas e depósitos crioclásticos, das grutas e espeleotemas, das formas de erosão, como os canhões fluviocársicos, e das formas de acumulação, como os tufos de Condeixa. Nestes estudos regionais a (Geo)História é, quase sempre, a base principal. Perceber a evolução das formas de relevo na sua relação espacial implica estudar tempos diferentes que, neste caso, vinham desde os tempos jurássicos e em que cada um deles era marcado por condições morfogenéticas particulares, decorrentes de vicissitudes paleoambientais próprias. Mas implica também, sem determinismos simplistas, perceber a relação da sociedade com o seu meio, muito particular e muito forte nos maciços calcários. A falta de água, a pastorícia, a magra agricultura de sequeiro e as sempre pesadas atividades extrativas parecem fazer do povo dos calcários um povo rijo à força, verdadeiramente resiliente face às adversidades de todos os dias, tão perto da autoestrada, mas tão longe da cidade…

Depois do doutoramento vieram outros temas de trabalho, como os estudos sobre o Turismo na sua relação com o Ambiente, recurso principal para a prática desta atividade, bem como recetor dos impactes dela resultantes. A articulação entre Natureza e Sociedade ou, de modo mais complexo, entre Território e Ambiente, começa também a estar mais presente nas minhas preocupações aplicadas dos estudos de Geomorfologia, como vai acontecer com os estudos da chamada Geomorfologia Cultural, ao atribuir significado patrimonial e valorização geoturística a territórios e paisagens com características geomorfológicas específicas, ou com o estudo dos riscos naturais e com a importância fulcral da vulnerabilidade social nas suas manifestações e impactes.

Entretanto, fiquei mais velho, orientei mais estudantes de mestrado e doutoramento e assumi responsabilidades de gestão a nível do Departamento e da Unidade de I&D, o CEGOT, o que foi fazendo de mim, mais do que um investigador individual, um gestor de investigação. Com muitos dos meus colegas mais novos fui desbravando outras áreas de trabalho, participei em projetos de investigação e fui procurando acompanhar a forte especialização em Geomorfologia com a necessária integração Natureza-Sociedade que convém a uma Geografia nova, mais prática e mais útil. E é isso que, como investigador, procuro fazer hoje. Como? Através do trabalho de campo, sempre fundamental na recolha de informação, do trabalho laboratorial, cada vez mais técnico e internacionalizado, e da utilização dos Sistemas de Informação Geográfica, que revolucionaram a cartografia, modo de expressão privilegiado em Geografia.

Este conjunto combinado de metodologias tem permitido criar e estudar novos modelos espaciais e responder melhor às questões do onde, como, quanto, quando, porquê e para quem em questões territoriais de elevada importância ambiental e social, como as questões dos riscos naturais e da valorização cultural dos territórios. É a Geomorfologia ao serviço das pessoas, da redução das assimetrias territoriais e da construção de um mundo melhor.

Lúcio Cunha é Professor Catedrático do Departamento de Geografia e Turismo e investigador do CEGOT (Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território)

MUNDIVISÕES

Ricardo Namora

A A rubrica ‘Mundivisões' narra sempre uma experiência internacional no Vive as Letras!. Esta edição não foge à regra e dá a conhecer a história de Ricardo Namora, em que Literatura, Cinema e Futebol se encontram. Ricardo Namora começou a lecionar na FLUC em 2011 e atualmente é investigador do Centro de Literatura Portuguesa, onde trabalha sobre estética e hermenêutica, e é professor convidado do nosso programa Materialidades da Literatura. Fez os seus estudos nas Universidades de Coimbra e de Lisboa e tem-se dedicado aos estudos sobre o mito, a construção das crenças, teorias da ficção, semiótica e epistemologia, publicando livros como Uma Coisa Chamada Hermenêutica, Teoria da Literatura e Interpretação - O Século XX em Três Argumentos e 40 Anos de Teoria da Literatura em Portugal.

Como leitor na Universidade de Estocolmo, ensinou Estudos Lusófonos (língua, literatura e cultura) e trabalhou como Adido Cultural para a Embaixada de Portugal na Suécia. Foi lá que fez da sétima arte uma ferramenta para o ensino do Português, tendo organizado cinco mostras de cinema em Estocolmo: três mostras individuais de filmes portugueses, um festival de cinema brasileiro contemporâneo e um festival de animação no qual foram apresentados seis filmes portugueses. O objetivo era ampliar a voz da língua portuguesa: “Tenho algumas reservas em relação àquilo a que vulgarmente se chama “política da língua”, e ao uso muitas vezes intransitivo que se faz do próprio conceito de “língua”. No entanto, creio que o cinema, como a literatura e outras manifestações culturais, pode contribuir para fomentar a curiosidade dos espectadores em relação a culturas periféricas”, explica Namora.

Também o Futebol faz parte do seu mundo: nos dois livros que escreveu sobre o tema (Eterno Futebol e Eterno Domingo - O Futebol em Oito Jornadas), Namora usou a experiência pessoal como fonte de pesquisa: “Fui jogador profissional e tive uma carreira de 24 épocas, mais 10 como treinador. Não tinha planeado escrever sobre futebol, foi algo que surgiu de uma forma inesperada. Mas gostei muito de escrever esses dois livros e, porque não dizê-lo, do resultado final”, comenta.

O professor refere ainda que a FLUC tem tido uma política de ligação à comunidade que faz dela uma escola de vanguarda na ligação entre a academia e a sociedade: “Num mundo cada vez mais saturado de tecnologia e de ciência “a granel”, precisamos cada vez mais de pensar e repensar o “humano”, nas suas múltiplas dimensões”, conclui.

AS MARCAS DAS LETRAS

Sofia Jamal

Sofia Jamal mudou-se para Coimbra, no início de 2019, por um objetivo profissional. O seu percurso académico inicial foi na Psicologia, e especializou-se na área da violência de género. É nesse campo que continua a atuar profissionalmente e, hoje, em Braga, é coordenadora técnica de uma estrutura de apoio a vítimas. No Porto, onde nasceu, dá formação a públicos estratégicos, sobre igualdade e violências de género, e faz ainda a gestão e a implementação de projetos de intervenção no terreno e de investigação, em colaboração com instituições nacionais e internacionais, sobre as mesmas temáticas.

Quando chegou a Coimbra, decidiu enriquecer o seu dia-a-dia com outras atividades e foi assim que chegou à Faculdade de Letras: “Procurava atividades de enriquecimento pessoal, e comecei a explorar com cuidado toda a oferta curricular da FLUC. Era para ser apenas um curso rápido, quem sabe aprender algum idioma, mas a Licenciatura em Estudos Europeus chamou-me a atenção e eu decidi arriscar: candidatei-me pelo procedimento para pessoas já titulares de curso superior e entrei!”, recorda entusiasmada.

Enquanto trabalhadora-estudante, e tendo iniciado a segunda licenciatura com 27 anos, Sofia explica que, durante o curso na FLUC, teve pouca disponibilidade para participar em eventos académicos e momentos de socialização, e que por isso foram poucas as amizades duradouras que deste percurso ficaram. Acrescenta, em contrapartida, que a FLUC lhe permitiu contactar com “docentes de excelência e conteúdos científicos relevantes e atuais, pelo que estudar na Faculdade de Letras foi uma experiência profundamente gratificante e enriquecedora”, confessa.

A marca que a Licenciatura em Estudos Europeus imprimiu na vida de Sofia Jamal traduz-se na decisão de prosseguir estudos neste domínio: “Hoje sou doutoranda em Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade do Minho, com um enfoque em questões europeias cruzadas com os estudos de género”, explica.

PHOTOMATON

Vida da FLUC de abril a junho de 2024

  • Imposição de Insígnias a seis Doutores da Faculdade de Letras
  • Entrega dos Prémios FLUC Publicações Internacionais e FLUC Ensino
  • 50 anos de Abril: Programa comemorativo
  • Testemunhos de Abril
  • Mesa Redonda Do 25 de Abril à atualidade: os desafios dos 50 anos de Democracia
  • Colóquio Narrativas da Revolução
  • 10 de junho em Coimbra: comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões
  • A FLUC na Semana Aberta da UC e na entrega de prémios UC à frente
  • Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva
  • Dia da Europa (FLUC e FEUC)
  • Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC
  • Sessão de encerramento do ano letivo
  • IV Jornadas de Iniciação Científica
  • 100.ª edição do Curso de Férias
  • Dias do Japão
  • Prémio European Cooperation Project of the Year ao Bridging Musical Heritage
  • Colóquio Semana do Ambiente - Reflexões das Humanidades sobre a Casa Comum
  • 9.ª edição das Jornadas de Tradução A tradução na prática & a prática da tradução
  • 30 anos do Curso de Jornalismo: Colóquio Pensar o Jornalismo [com Mário Mesquita]
  • Colóquio Internacional Maine de Biran et le rythme dramatique de l'existence
  • Colóquio internacional A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa
  • Última sessão do ciclo "Literatura & etc.": Literatura e Direito: modos de 'fazer alta e boa justiça'
  • IV Jornadas de Ciências da Comunicação
  • Congresso Internacional de Filosofia Grega
  • Congresso Mathematics and Computation in Music
Item 1 of 35

Imposição de Insígnias a seis Doutores da Faculdade de Letras: Carlota Miranda, Carmen Soares, José Luís Brandão, Margarida Miranda, Paula Barata Dias e Susana Marques Pereira

Imposição de Insígnias a seis Doutores da Faculdade de Letras: Carlota Miranda, Carmen Soares, José Luís Brandão, Margarida Miranda, Paula Barata Dias e Susana Marques Pereira

José Augusto Bernardes, Prémio FLUC Ensino 2022, e Doris Wieser, Prémio FLUC Ensino 2023

José Augusto Bernardes, Prémio FLUC Ensino 2022, e Doris Wieser, Prémio FLUC Ensino 2023

Rita Marnoto, Prémio FLUC Publicações Internacionais 2022 e José Pedro Paiva, Prémio FLUC Publicações Internacionais 2023

Rita Marnoto, Prémio FLUC Publicações Internacionais 2022 e José Pedro Paiva, Prémio FLUC Publicações Internacionais 2023

50 anos de Abril: Programa comemorativo - Testemunhos de Abril

50 anos de Abril: Programa comemorativo - Testemunhos de Abril

50 anos de Abril: Programa comemorativo - Testemunhos de Abril

50 anos de Abril: Programa comemorativo - Testemunhos de Abril

Mesa Redonda Do 25 de Abril à atualidade: os desafios dos 50 anos de Democracia

Mesa Redonda Do 25 de Abril à atualidade: os desafios dos 50 anos de Democracia

Colóquio Narrativas da Revolução

Colóquio Narrativas da Revolução

Colóquio Narrativas da Revolução

Colóquio Narrativas da Revolução

10 de junho em Coimbra: comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões ©DCom

10 de junho em Coimbra: comemorações dos 500 anos do nascimento de Camões ©DCom

A FLUC na Semana Aberta da UC e na entrega de prémios UC à frente

A FLUC na Semana Aberta da UC e na entrega de prémios UC à frente

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Anabela Borges

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Anabela Borges

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Ana Cláudia Pires

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Ana Cláudia Pires

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Nuno Sousa

Cerimónia de entrega do Prémio Isabel Maria Aguiar Branco e Silva a Nuno Sousa

Dia da Europa (FLUC e FEUC), conferência por Marina Costa Lobo

Dia da Europa (FLUC e FEUC), conferência por Marina Costa Lobo

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Dia Aberto: 113.º aniversário da FLUC

Sessão de encerramento do ano letivo, conferência por Pedro Mexia

Sessão de encerramento do ano letivo, conferência por Pedro Mexia

Sessão de encerramento do ano letivo

Sessão de encerramento do ano letivo

IV Jornadas de Iniciação Científica

IV Jornadas de Iniciação Científica

IV Jornadas de Iniciação Científica

IV Jornadas de Iniciação Científica

100.ª edição do Curso de Férias

100.ª edição do Curso de Férias

Dias do Japão: receção ao Sr. Embaixador do Japão

Dias do Japão: receção ao Sr. Embaixador do Japão

Dias do Japão: atuação do Duo TOMORO

Dias do Japão: atuação do Duo TOMORO

Prémio European Cooperation Project of the Year ao Bridging Musical Heritage

Prémio European Cooperation Project of the Year ao Bridging Musical Heritage

Colóquio Semana do Ambiente - Reflexões das Humanidades sobre a Casa Comum

Colóquio Semana do Ambiente - Reflexões das Humanidades sobre a Casa Comum

9.ª edição das Jornadas de Tradução A tradução na prática & a prática da tradução

9.ª edição das Jornadas de Tradução A tradução na prática & a prática da tradução

30 anos do Curso de Jornalismo: Colóquio Pensar o Jornalismo [com Mário Mesquita]

30 anos do Curso de Jornalismo: Colóquio Pensar o Jornalismo [com Mário Mesquita]

Colóquio Internacional Maine de Biran et le rythme dramatique de l'existence

Colóquio Internacional Maine de Biran et le rythme dramatique de l'existence

Colóquio internacional A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa

Colóquio internacional A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa

Última sessão do ciclo "Literatura & etc.": Literatura e Direito: modos de 'fazer alta e boa justiça'

Última sessão do ciclo "Literatura & etc.": Literatura e Direito: modos de 'fazer alta e boa justiça'

IV Jornadas de Ciências da Comunicação

IV Jornadas de Ciências da Comunicação

Congresso Internacional de Filosofia Grega

Congresso Internacional de Filosofia Grega

Congresso Mathematics and Computation in Music

Congresso Mathematics and Computation in Music

Congresso Mathematics and Computation in Music

Congresso Mathematics and Computation in Music

Vive as Letras! é uma publicação trimestral

Próximo número: outubo de 2024

Produção:

Gabinete de Comunicação e Imagem

Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra ©GCI, 2024

Para informações sobre eventos futuros, consulte o nosso site e
siga-nos no X, Youtube, Facebook e Instagram.